UNIVERSIDADE NILTON LIN Rafaela2

UNIVERSIDADE NILTON LINS Suzyane Angelyca Muryel Araujo Ribeiro
Matrícula: 15099126

Aspectos básicos da construção do texto e do sentido

A convivência das pessoas em sociedade se desenrola sob a forma de gestos e atos de significação. Produzimos e captamos sentidos por meios variados, que podemos agrupar em três ordens muito amplas: a primeira compreende os sinais, a segunda ordem abrange objetos a cuja utilidade primária se acrescenta um valor simbólico, a terceira abarca tudo o mais a que se pode atribuir sentido circunstancialmente. Com essa formulação ampla, estamos dizendo que os sentidos são construídos na interação das pessoas umas com as outras, e com o mundo que existe à volta delas. Esses sentidos construídos na interação resultam de nossa capacidade de conferir aos dados e fatos do mundo um lugar ou função no território- físico, social, moral, cultural etc. – em que nos situamos e no qual nos movimentamos.
É claro que os sinais lingüísticos, embora fundamentais, não respondem sozinhos pelo processo de significação e comunicação. Nossos enunciados se prestam freqüentemente a mais de uma interpretação, e o sentido que lhes atribuímos sempre depende da colaboração de outras variáveis integrantes do contexto sociocomunicativo.
As partes “vivas” da natureza se comunicam o tempo todo, reagindo de formas variadas aos estímulos do meio, numa rede de sentidos tecida por leis naturais. Esta concepção de sentido vale para as formigas, os peixes, os girassóis etc. A fome e a sede têm um sentido, elas são indícios ou sintomas de que o organismo está carente de algo indispensável à sua sobrevivência. O alimento é a resposta, que restabelece o equilíbrio. O universo habitado pelos seres humanos é, porém, dotado de sentidos numa acepção bem mais complexa. Também o homem tem sede e fome, mas – salvo em estado de absoluto primitivismo – ele não se limita a saciá-las mediante uma resposta “natural” ao estímulo (= sentido) do corpo. Esse é o domínio da cultura, um