Universidade De Bras Li5
Em seu texto, Hannah Arendt procura levantar a questão da violência nos domínios da política. Ela questiona se o poder é um forma de dominação, e chega à conclusão de que o poder está nas mãos do povo, pois a partir do momento que o povo para de apoiar as “instituições políticas elas logo vão se deteriorar” (Arendt, Hannah, 2009:25). Nos dias de hoje, a burocracia é a mais formidável forma de domínio, pois não há como responsabilizar alguém. Hannah Arendt define a burocracia como o “domínio de ninguém, e a classifica como o domínio mais tirânico de todos” (Arendt, Hannah, 2009:24).
Para ela, o poder é a “habilidade humana de agir em comum acordo.” O poder não pertence a um certo indivíduo, e sim ao povo e “só existe enquanto o povo estiver unido” (Arendt, Hannah, 2009:27). A força indica a “energia liberada através de movimentos físicos ou sociais”(Arendt, Hannah, 2009:28), e é usada diariamente de forma equivocada como sinônimo de violência. Para a autora, a violência utiliza do caráter instrumental (por meio de armas etc.) e só é utilizada quando o poder está em risco de ser perdido, com o objetivo de multiplicar o vigor. A autoridade caracteriza-se pelo “reconhecimento sem discussões por aqueles que são solicitados a obedecer”(Arendt, Hannah, 2009:28), e para manter a autoridade é necessário respeito, a autoridade que não tiver respeito com os outros perde o seu respeito como autoridade.
O poder e a violência são completamente opostos. “Onde um domina de forma absoluta, o outro é ausente” (Arendt, Hannah, 2009:35). A violência aparece quando o poder está em perigo, mas se a violência seguir o seu curso natural, o poder acabará desaparecendo.