unidade web
Para abordar o surgimento da Psicologia Educacional no Brasil, é válido retornar a períodos em que a própria Psicologia ainda não havia se estabelecido como ciência, de modo a compreender o contexto inicial de sua formação. Ao falar da vertente educacional, é impossível não citar a própria pedagogia e os processos de educação recorrentes em períodos antigos, relacionando-os com as ideias psicológicas (essas que, mesmo sem a oficialização da ciência autônoma, já existiam intrínsecas à filosofia e outras áreas do saber humano). ‘’ A história da Psicologia Escolar e Educacional no Brasil pode ser identificada desde os tempos coloniais, quando preocupações com a educação e a pedagogia traziam em seu bojo elaborações sobre o fenômeno psicológico’’ (Psicologia Escolar e Educacional: história, compromissos e perspectivas, Mitsuko Aparecida Makino Antunes, 2008 página 1). O fortalecimento do pensamento liberal, assim como a criação de escolas normais , a maior acessibilidade à educação durante o século XIX (mais especificamente, o crescimento do ensino público nos continente europeu e americano) e o aumento na ocorrência de problemas relacionados a menores (como casos de negligência e abandono, por exemplo, que incentivaram a procura de profissionais capacitados para lidar com tais empecilhos) foi o contexto social onde se criaram bases para uma inserção mais evidente do pensamento psicológico no processo de ensino. No século XX, a Psicologia conquistou sua autonomia como ciência, mas ainda assim manteve relações diretas, que perduram até os dias atuais, com a área da educação. O surgimento do termo Psicologia Educacional deve-se à essa relação, onde o curso de Psicologia estava ligado ao de Pedagogia. Inicia-se então uma diferenciação entre os dois saberes, no qual a psicologia educacional pode ser vista como base para a prática da pedagogia No período entre o final do século XIX e início do século XX, técnicas e teorias