uma vis o sobre a identidade surda
Há uma luta pela prevalência sobre os poderes e os saberes que operam nas sociedades e o palco desta luta é o meio social como um todo, onde se tem como pano de fundo a opressão social e cultural, manifestadas aparentemente nas reais e precárias condições de vida impostas às minorias. Na dimensão cultural os sujeitos que são considerados diferentes estão à mercê do aculturamento e imposição quanto as suas identidades.
Ao discutir a questão da identidade, logo é remetido à questão da diferença, visto que a identidade cultural somente pode ser compreendida em sua ligação com a produção da diferença, que não é outra coisa senão um processo discursivo social. O que vai sustentar um novo olhar sobre as diferenças são as novas formas de representar e ressignificar a diferença. Nesse contexto aparecem os SURDOS, pessoas geralmente colocadas às margens do mundo econômico, social, cultural, educacional e político, pessoas narradas como deficientes, incapazes, desapropriadas de seus direitos e da possibilidade de escolhas. Assim sendo, as identidades surdas advêm de uma construção imperativa de identidade cultural dos sujeitos com suas peculiaridades e especificidades e compreender que vão além dos aspectos clínicos – patológicos.
Dessa forma, há diferentes identidades surdas bastantes complexas, diversificadas. Isto pode ser constatado na divisão por identidade, como: identidade surda híbrida, identidade surda flutuante, identidade surda de transição, identidade surda diáspora e identidade surda incompleta ou intermediária.
A identidade surda híbrida são as pessoas que nascem surdas e posteriormente tornam-se surdas, onde possui uma relação amigável entre língua portuguesa e LIBRAS pois conhece ambos. A identidade surda flutuante, por sua vez, são as pessoas que tem dificuldade ficar em um grupo definido, se ficam como ouvintes ou surdos. Já a identidade surda de transição são as pessoas que aprende com certa dificuldade a comunicação oral auditiva