Uma Proposta Modesta
O texto apresentado pelo irlandês, Jonathan Switf, datado do século XVI, trás ironia, deboche, horror, sarcasmos e cinismo, tudo misturado a uma “pseudo” proposta para solução da problemática perene a própria conjugação da vida em sociedade. Ou seja, a incapacidade de gerenciamento dos que têm menos e dos que detêm mais posses. A pobreza, a miséria, os encargos deixados pelos pobres é a ideia central do texto que culmina com uma proposta absurda para acabar com tal problemática. Contudo, especificamente, o texto revela a pobreza em face das crianças, com a estimativa de apenas 3 (três) destinos podem ter ocorrer com estes pequeninos: tornarem-se ladrões adultos, lutar pelo Pretendente na Espanha ou se venderem às Barbados. E propõe uma estátua de condecoração a quem resolvesse a situação deprimente. Inicia-se com a proposta modesta/absurda aos filhos dos mendigos declarados alcançando a toda uma faixa etária da população, os bebês de 1 (um) ano de idade. A ironia é de tão vasta amplitude que a proposta modesta/horrenda tenta iludir a um “pseudo” proveito: a prevenção quanto ao fatídico crime contra as crianças no ventre de suas progenitoras, o aborto. O autor nos parece ter tido bastante tempo ocioso para realização de cálculos mirabolantes, que não merecem nossa atenção, sobre a horda de pobres existentes. Ainda, trás, supostos dados fornecidos por traficantes de pessoas sobre valores venais. Então, apresenta sua milagrosa e estúpida proposta alegando que outra pessoa (o autor sempre traz terceiros para basear suas teorias) assevera que a carne humana de um bebê de 1 (um) ano de idade é “um petisco bastante delicioso e salutar”. Sendo esta a brilhante e selvagem proposta modesta do autor, transformar os filhos das mendigas (incluindo todos os aldeões, trabalhadores braçais, e quatro quintos dos roceiros) em alimento. Interessante o autor não ter observado o retrocesso ao canibalismo! Também relata que dedicou