Uma Noite de Halloween
Era dia 31 de outubro (Halloween), mas Emily não acreditava nesse tipo de coisa, dizia que as pessoas criavam feriados para se livrar do trabalho, e de certo modo se divertir com o medo que as crianças tinham das supostas bruxas e monstros. Neste dia ela decidiu ficar em casa, lendo à imensa coleção de livros empoeirados que abrigavam suas estantes.
Emily estava lendo a mais nova obra de Edgar Allan Poe, quando um ruído um tanto quanto incômodo, penetrou seus tímpanos. Inicialmente ignorou. O ruído persistiu, então decidiu se levantar para ver o que poderia ter sido, olhou em todos os cantos da velha casa, mas nada encontrou. Sentou-se novamente. O barulho se repetiu, e Emily já estressada se levantou e saiu a rua, afinal um bando de pequenas pessoas de pouco juízo abrigavam as ruas da cidade, e poderiam estar fazendo suas estúpidas “travessuras” – mas na minha casa não seus pestes!- falou sozinha. Ao abrir a porta nada viu, a rua estava deserta - uma coisa bem estranha em um dia como este. Mas o barulho persistia, e vinha da casa abandonada da esquina - na verdade não se sabe bem, mas nunca tinha se visto alguém sair de lá. Um arrepio percorreu-lhe a espinha, mas o orgulho de Emily era bem maior. Colocou aos pés as velhas e acinzentadas botas e caminhou até o final da rua.
A casa estava caindo aos pedaços, e como sempre parecia vazia, mas mesmo assim ela bateu na porta com a esperança de que alguém a abrisse. Ninguém respondeu. Bateu novamente mais forte. Sem resposta novamente, decidiu entrar mesmo assim, quebrou a janela que ficava ao fundo da casa e finalmente entrou. A casa cheirava a mofo e bicho morto, todos os móveis estavam cobertos por panos brancos, que já tomavam uma cor mais acinzentada, por causa da sujeira acumulada. Ela seguiu andando, com o objetivo de achar o que estava emitindo aquele irritante barulho. Vinha