UMA LIÇÃO DE VIDA
Ciências Sociais e Saúde – Filme : Uma lição de Vida
Professor: Maximiliano _____________________________________________________________
Embora a temática (paciente com câncer terminal) favoreça o apelo ao sentimentalismo fácil, temos neste filme um raro equilíbrio entre o racional e o emocional. Intercalando cenas do passado com a massacrante rotina hospitalar a qual se submete a protagonista, acabamos tendo um perfil psicológico da mesma, intelectual brilhante, que, na realidade, se utilizou da erudição para sua própria defesa, como justificativa para sua incapacidade de lidar com emoções. Mais do que a fragilidade física, advinda da doença, temos exposta, com rara sensibilidade, a fragilidade emocional da personagem. A crítica que a mesma faz, ao longo do filme, da frieza com que os especialistas médicos a tratam, transformando-a numa mera cobaia, contrasta com a indisfarçável superioridade e intolerância com que ela, no exercício de sua cátedra, lidava com seus alunos. O brilhante jovem, assistente do seu renomado médico e que já fora seu aluno num curso de literatura inglesa, traça oportuno paralelo com sua estória de vida: como diz a própria personagem, quando ela ainda tinha sobrancelhas e cílios, perdidos no transcorrer do tratamento quimioterápico, usufruíra da mesma sensação de invulnerabilidade e poder. Essa parte do filme é bem analisada no texto do trabalho realizado por Eron (1955) que diz que com o passar dos anos os estudantes de medicina se tornam mais cínicos e menos humanitários. Outra coisa que se vê no filme e é comprovado com o texto é que ao contrário dos estudantes de medicina, os estudantes de enfermagem terminam seu curso, mais humanos e menos cínicos. A preocupação com o bem estar e saúde da paciente é muito mais evidente nos cuidados da enfermeira que está ao lado da paciente até a hora de sua morte.
Duas cenas, em especial, me comoveram: quando ela conscientiza-se do real dimensionamento do