Uma aplicação do sensoriamento remoto para a investigação de endemias urbanas
O texto de base para esta resenha é de Virginia Ragoni de Moraes Correia, Antônio Miguel Vieira Monteiro, Marilia Sá Carvalho e Guilherme Loureiro Werneck, publicado na cidade do Rio de Janeiro em maio de 2007 nos Cadernos de Saúde Pública, 23(5):1015-1028. Disponível no link: http://www.scielosp.org/pdf/csp/v23n5/04.pdf. Através de análises sócio-espaciais/ambientais, é possível identificar padrões de ocorrências de doenças endêmicas. Muitas variáveis são utilizadas para se estabelecer um estudo contundente. Pode-se utilizar o sensoriamento remoto por imageadores orbitais como base metodológica para o estudo das endemias. É possível detectar as áreas de risco pela textura observada como, por exemplo, áreas de ocupação urbana mais ou menos organizada, regiões muito densas ou com maior cobertura de vegetação, aglomerados populacionais próximos a coleções de água ou a terras recém-desmatadas.
Neste artigo foi aplicado o sensoriamento remoto em áreas urbanas para detecção de potenciais transmissões de leishmaniose visceral. A área analisada foi Teresina, uma das capitais mais pobres do Brasil, onde a leishmaniose visceral é um problema de saúde pública. Para o estudo utilizou-se uma imagem Landsat-TM5, passagem em 17 de agosto de 1990, e uma Landsat-ETM7 de 6 de julho de 2001, órbita 219, ponto 64, projeção UTM. Foram utilizadas as bandas 3, 4 e 5, por serem as bandas, no Landsat, que permitem melhor respostas espectrais em alvos urbanos.
Os autores após complexa analise puderam interpretar que a epidêmica de leishmaniose visceral pode ser resultado do crescimento desordenamento de ocupações urbanas e condições precárias de vida e destruição ambiental nas cidades. Esses fatores podem ter influenciado a emergência da doença no meio urbano. Por fim, podemos ressaltar algumas virtudes explicitadas pelo texto, como uma linguagem de fácil compreensão. É uma excelente proposta de