UMA ANÁLISE DOS ASPECTOS DE INTERTEXTUALIDADE NA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE “MALÉVOLA”
Este trabalho trata-se de um ensaio que tem por objetivo observar e analisar o filme
Malévola, uma adaptação, ou releitura, do clássico literário, A Bela Adormecida. Buscamos,
em nossa análise, observar os pontos em que ocorrem adaptações para a contemporaneidade
no filme, além da intertextualidade presente na obra em relação ao conto de fadas ao qual ele
se originou.
Malévola é uma produção dos estúdios da indústria estadunidense Walt Disney
Productions, líder na indústria de animação e produção para o público infantil com sucesso no
mundo inteiro, suas obras geralmente têm o enredo composto pela dualidade bem e mal a fim
de passar lições morais às crianças. O filme segue a linha das adaptações modernas de
prestigiados Contos de Fada, mostrando uma tendência que segue com força total. Após João
e Maria, Espelho, espelho meu e Branca de Neve e o Caçador, agora vemos a famosa princesa
Aurora no filme Malévola. Trata-se, sim, da história da bela adormecida, mas o enredo
principal não gira em torno do amor entre a princesa e o príncipe, mas sim da vida sombria de
Malévola, que na história criada na primeira versão da Disney, é uma bruxa maligna que
possui um castelo rodeado de trevas com seu próprio exército de monstros. Nesta versão, o
autor busca não repetir a história já conhecida pela primeira versão da Disney. Ao invés disso,
encontramos uma cuidadosa recriação de uma possível origem de uma das mais discutidas
vilãs da história dos Contos de Fada, trazendo com ela um lado mais humanizado através do
trato de seus sentimentos e motivações. Sendo assim, vemos uma Malévola frágil, que é traída
pela sede de poder dos humanos que ambicionam as riquezas do reino. Ao lado de sua
fragilidade e pureza, vê-se o seu grande poder no mundo das fadas. A partir de uma sequência
de atos decorrentes da própria natureza humana acontece a sua transformação. É