Um tributo a Marighella
Esta pesquisa tem por propósito mostrar um pouco da trajetória do líder comunista e guerrilheiro Carlos Marighella.
Priorizo neste trabalho, o homem comum Marighella, definido a partir da construção do objetivo da pesquisa.
APRESENTAÇÃO
Carlos Marighella nasceu no dia 5 de novembro de 1911, em Salvador, Bahia. Filho de Augusto Marighella e Maria Rita do Nascimento Marighella, era o primogênito de uma família numerosa: Anita, Humberto, Julieta, Tereza, Edwirges e Caetano.
Passou a infância junto com a família, na rua Barão do Desterro nº 9, na Baixa dos Sapateiros, em Salvador. Demonstrava uma aptidão para os estudos, deixando para os irmãos, em especial Humberto, os passos do bom mecânico Augusto Marighella.
Tanto em sua passagem pelo Ginásio da Bahia, como pela Escola Politécnica, onde ingressou com 18 anos no curso de Engenharia, ele se destaca pelo hábito de responder as questões das provas em verso.
O ano de 1932 foi atribulado: escreve um poema criticando o interventor Juracy Magalhães, conhece sua primeira prisão, aos 21 anos de idade; em seguida ingressa no Partido Comunista. Já em 1934, interrompe o curso de Engenharia, no terceiro ano. Daí em diante, o jovem que antes de ingressar no Partido Comunista já apresentava inquietude com as injustiças sociais, terá toda sua vida dedicada aos trabalhadores, ao socialismo e o combate ao imperialismo.
Marighella sai da Bahia e transfere-se para o Rio de Janeiro, sendo novamente preso em 1º de maio de 1936. Será barbaramente torturado, mas resiste a seus carrascos: “nada a declarar”. Em agosto de 1937 é anistiado pela “macedada” - como ficou conhecida a anistia do Ministro da Justiça, Macedo Soares. Voltaria ao cárcere em 1939, já na ditadura do Estado Novo. Desta vez ficaria detido no Presídio Especial de São Paulo, daí para a Ilha de Fernando de Noronha. Mais tarde, com a cessão dessa ilha como base naval americana, no início da Segunda Guerra Mundial, será transferido para a Ilha