Um país em protesto

Em 1983, Tarrow apontou que o “campo dos movimentos sociais é um dos mais indefiníveis que existem”. Vários autores tentam isolar alguns aspectos empíricos dos fenômenos coletivos, mas cada autor acentua elementos diferente e definições empíricas. Tarrow, entretanto, ajuda a esclarecer uma distinção entre movimentos (como forma de opinião de massa), organizações de protesto (como formas de organizações sociais) e eventos de protesto( como formas de ação) ( Melucci, 1989).
Passados algumas décadas, observa-se que os movimentos sociais apresenta o mesmo objetivo das manifestações que não são apenas a igualdade de direitos, mas o direito de ser diferente.
Conforme adverte Melucci (1989), os movimentos devem, acima de tudo, "fazer a sociedade ouvir suas mensagens e traduzir suas reivindicações na tomada de decisão política", respeitada a autonomia dos mesmos. A tarefa primordial dos movimentos, conforme a reflexão de Ramos (1990) é desempenhar um papel contra-hegemônico, o que significa fazer aflorar o antagonismo mascarado nas relações sociais e superar, "a partir do saber dito espontâneo do viver colado à vida, aquilo que, muitas vezes, são expressões contrárias aos interesses dominantes, tão teorizados e nem sempre expressos no sentido cultural e político".
“ A Copa das Confederações acabou se tornando uma verdadeira Copa das Manifestações”(Anaximandro Amorim). Podemos dizer que as manifestações foi desencadeada devido os gastos exorbitantes pelo governo para realização da copa. Fator este que contribuiu para a revolta do povo, os exagerados gastos com a construção de estágios e reformas das capitais dos jogos foram de indignar a nação, enquanto a saúde, educação, segurança no Brasil fica à mercê. Lembrando que grande parte do investimento para a construção e reforma das cidades foram extraviados, e mais de 70% das obras estão inacabadas. Sabemos que vivemos em um país democrático, onde temos como "DEMOCRACIA" poder do povo, poder esse que já faz