UM OLHAR ATUAL PARA A LAVAGEM DO BOMFIM
Valbert França
“Quem tem fé, vai a pé”. Aproximadamente 8 Km levam um povo marcado pela sua fé no Senhor do Bonfim e Oxalá, percorrer esta distância que leva a Igreja de Nossa Senhora da Conceição até a
Igreja do Senhor do Bonfim. Observa-se que para estes fiéis; o tamanho do percurso. o grande calor, se está uma tempestade de chuva ou qualquer outra adversidade, não fará desfalecer a fé e esperança que eles tem que chegarão até a colina sagrada, onde farão seus pedidos com a confiança que serão atendidos, como também agradecer pelas graças alcançadas, renovando os pedidos para mais um ano que se inicia.
A festa da Lavagem do Bonfim é famosa pela presença da diversidade religiosa, predominando os fieis católicos e os adeptos do candomblé. Historicamente, a festa era conduzida pela igreja católica e por uma boa parcela da população branca soteropolitana, mas nos dias atuais, celebrações religiosas são realizadas sem maiores impedimentos da igreja católica local, assim como as diferentes raças, classes sociais e pessoas das mais diversas faixas de idade participam dela, espalhando alegria, paz e axé por todo o trajeto da fé.
Um porém ocorreu neste ano de 2014. Os fieis da Igreja Católica resolveu fazer a procissão separadamente, antecedendo em algumas horas o inicio do trajeto Comercio – Bonfim, que tradicionalmente era aberto pelo cortejo das baianas. Esta atitude foi justificada pelos líderes da
Igreja como um resultado do que está se tornando a festa da Lavagem, onde o profano está descaracterizando o momento que deve ser espiritual para seus participantes. Essa ação gerou bastantes críticas por quem defende um convívio harmonioso entre diferentes denominações religiosas. Alguns críticos argumentam que momentos como estes não devem ser retirados das festas religiosas, pois isso é uma característica do povo baiano e brasileiro.
Pelo entorno da tradicional festa; barracas, carros de sons, e