UM ESTUDO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Claudia Costa1
Daniela Arnold2
Antigamente, o Estado era o principal ator internacional, e sua soberania era plena e não era compartilhada com nenhuma outra forma de organização. Atualmente, a nova configuração das relações internacionais admite o surgimento de outras formas de poder capazes de exercer papéis de importância no sistema internacional. Desse modo, as Organizações Internacionais tem ganhado cada vez mais relevância dentre as Relações Internacionais. Estas têm sido utilizadas como ferramenta para maior aproximação entre Estados, tanto de forma política quanto econômica e comercial.
Embora a multiplicação das OIs seja um fenômeno marcante do século XX, elas têm seu surgimento ainda no século XIX. As condições para sua origem estão ligadas à existência de Estados soberanos; ao significativo fluxo de comércio existente entre eles; e ao reconhecimento por parte dos Estados da existência de problemas comuns e da necessidade de criar instituições e métodos sistemáticos para regular as relações entre os Estados (GAMA, 2005). Assim, em 1814, com o Congresso de Viena, vê-se o primeiro passo para a transformação de um sistema internacional anárquico rumo à cooperação fundada em instituições. A seguir, têm-se as convenções de Haia e de Genebra, indo até o surgimento da Liga das Nações no final da Primeira Guerra Mundial, a qual foi substituída pela Organização das Nações Unidas no fim da Segunda Guerra Mundial.
Doravante, a institucionalização das Organizações Internacionais levou a três mudanças nas relações internacionais de suma relevância. Por primeiro, surge maior previsibilidade de situações que antes eram abordadas coletivamente somente quando os interessados buscavam auxílio ou agiam em defesa própria. Conseguinte, mesmo com o grande crescimento do número e do alcance das OIs, os Estados conservam plena autonomia de vontade. Ou seja, estes não são obrigados a aderir a uma organização internacional -