Ultrassonografia
A ultra-sonografia diagnóstica utiliza dispositivos que emitem feixes sonoros e registram os ecos refletidos pela incidência destes feixes em diferentes interfaces.
Em um meio homogêneo, o ultra-som se propaga em linha reta, sendo que a velocidade de propagação depende da densidade deste meio. Em um meio heterogêneo, as ondas sonoras são refletidas a cada densidade diferente, retornando ecos para o transdutor.
O emissor de US (transdutor) é constituído por uma cerâmica piezo-elétrica que responde a estímulos elétricos com a emissão de um US curto que se propaga nos tecidos e é refletido nas diversas interfaces. O mesmo emissor registra o eco de retorno, de modo que é também um receptor. Apenas os ecos provenientes de interfaces perpendiculares às ondas sonoras são recebidos. Entre a emissão do US e a recepção do seu eco correspondente há um intervalo de tempo que aumenta com a distância entre o transdutor e a interface refletora, assim sendo, é possível estabelecer a profundidade desta interface de acordo com este intervalo.
Fig.1 - Esquema ilustrativo de um transdutor
Os ecos se propagam facilmente nas estruturas de densidade hídrica, ao contrário do que ocorre com estruturas ósseas ou gasosas, quando a variação de impedância acústica entre água e osso ou água e ar é tamanha que há total reflexão das ondas sonoras, o que torna o estudo ultra-sonográfico de áreas com estas características (cérebro, pulmões) muito pobre. É esta diferença de impedância acústica que obriga o contato entre o transdutor e a pele do paciente.
Existem diferentes técnicas de ultra-sonografia, valendo ser lembradas aqui a ecografia B, o eco-doppler colorido e a ecografia tridimensional. A ecografia B (brilho) é realizada com transdutor manual, registrando os ecos recebidos na forma de variados graus de brilho superpostos, com fundo escuro por consenso, sendo possível inverter este padrão de imagem. O eco-doppler colorido é bastante útil no estudo