Ultimo Q Falta
Um estudo realizado pela empresa de consultoria KPMG prevê que o Brasil, atualmente o quarto entre os maiores mercados consumidores de automóveis, deverá se manter na posição até 2020. Com uma frota de 77 milhões de veículos, 3,5 milhões vendidos em 2012, o país deve seguir a curva ascendente até atingir a marca de 5,8 milhões de automóveis vendidos em 2020.
O trabalho, intitulado Mercado varejista global de automóveis (parte 1, parte 2), mostra que hoje o mercado mundial é liderado pela China, onde mais de 19 milhões de veículos foram vendidos em 2012, seguida pelos Estados Unidos, onde foram vendidos 14,5 milhões de carros no mesmo ano, situação que também não deve mudar. O diferencial está por conta dos países que vem logo em seguida nessa lista, notadamente os que compõem o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Os países do BRIC vão dominar o mercado global de automóveis dentro dos próximos dez anos, ocupando quatro das seis primeiras posições no ranking, conforme a tabela abaixo. A Índia apresenta a diferença mais significativa, passando do atual sexto lugar para o terceiro em 2020. O Japão, por outro lado, que até 2005 era o segundo maior mercado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, deve cair para a quinta posição nos próximos anos.
(Tabela: KPMG Research & Analysis)
Mudança de mentalidade
A expansão do mercado automobilístico brasileiro não é um fato novo ou inesperado. De acordo com Aílton Brasiliense, presidente da ANTP, a frota nacional deve dobrar até 2023, chegando aos 140 milhões de veículos, segundo afirma em entrevista ao Portal Mobilize. Para ele e para outros especialistas da área, o problema não é a posse do carro, mas o uso irracional que costuma ser feito dele no Brasil.
Martin Gegner, doutor em Sociologia Urbana pela