Ultimo pau de arara - analise
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara meu Deus tomara
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara (bis)
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui
Que deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara (bis
Análise da música: Último Pau de Arara - Luíz Gonzaga
A música “Último Pau de Arara - Luíz Gonzaga” retrata a dura realidade vivida pelos nordestinos no período da seca. Nela há presença do determinismo: “homem como produto do meio”, a terra não agradece a presença do homem, mas o nordestino tem um amor incondicional a sua terra natal e não a deixa por nada.
Apesar da terra seca e improdutiva, os nordestinos ainda esperam de Deus uma solução, que no caso são as chuvas: “[...] Tomara que chova logo [...]” e não a abandonada até o momento em que a sua própria existência não é posta em risco, como podemos ver na seguinte parte da música: “[...] enquanto a minha vaquinha tiver a pele e o osso [...]”.
Pela letra da música percebemos também que mesmo com todas essas situações conflitantes, o povo do nordeste ainda consegue enxergar que há qualidades em sua região, sendo que para eles o que falta são as chuvas então acreditam sempre que amanhã a chuva virá: “[...] mas se chover dá de tudo fartura tem de montão [...]”
Nos últimos versos da música: “[...] Só deixo o meu cariri No último pau-de-arara [...]” pode-se ver ainda mais claro, que mesmo nas condições menos favoráveis, os nordestinos conseguem forças em Deus para enfrentar a adversidade da seca e da vida no sertão, para continuar lutando e acreditando em dias melhores.
Tela “Os Retirantes”
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Analise da tela
pro meu sertão”. È possível ver a realidade dos nordestinos: seca, miséria, fome,