Título: perspectivas da pesquisa comunitária na educação : interculturalidade como práxis de comunidade e seus diálogos com as histórias orais de vida.
Nome do autor, seguido por afiliação institucional Lúcia Ozório, doutora em Ciências da Educação e Psicologia Social. Pesquisadora associada ao laboratório Experice (Centre de recherche en éducation habilité, Paris 8– Paris 13) das universidades Paris 8 e Paris 13, França; parceria com o Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social – LIPIS, Rio de janeiro; professora do Centro Universitário Celso dos Reis Lisboa. Endereço eletrônico: lozorio@gmail.com
Resumo enviado anteriormente e aprovado para apresentação no XIV Encontro
Perspectivas da pesquisa comunitária na educação : interculturalidade como práxis de comunidade e seus diálogos com as histórias orais de vida.
Como explorar as virtudes nômades da comunidade em seus entrelaçamentos com a educação? Buscamos debater a problemática da comunidade enquanto práxis e da interculturalidade como manifestações da comunidade no processo educativo. Atualmente, a inflação semântica do termo comunidade mostra tendências a esvaziá-lo de sua abordagem política pelas ciências do homem. Consideramos comunidade um conceito político e como tal buscamos aceder à sua complexidade histórica. A educação na sua historicidade contribui para a compreensão e realização desta práxis. Comunidade porta uma designação liberadora, não substancial, é processo que se faz, que resta em aberto e busca realizar um em comum que se nutre do compartilhar as vicissitudes da diversidade (Ozório, Revista Psicologia&Sociedade, v.17, 2005; Rancière, Rue Descartes, n.42, 2003). Propomos uma discussão sobre a condiçăo fronteiriça do ato comunitário: o lidar com as fronteiras entre culturas. Temos assim um tecido heterogêneo, pluri-referenciado do comum, que lida com as diferenças culturais sem hierarquizá-las, sem hipertrofiá-las ou indiferenciá-las. Entendemos cultura como viagem,