Têmpera, Revenimento e Coalescimento
Esse tratamento tem por fim a transformação das propriedades mecânicas de uma peça para o estado martensítico. Segundo Chiaverini, V.(1977, p.87), martensíta é definida “Quando a austenita é resfriada a uma temperatura em que não é mais estável, o ferro gama passa a alfa e o carbono é expulso da solução sólida, combinando-se com o ferro de modo a formar o carboneto Fe3C. Este Fe3C possui um reticulado extremamente duro. Com o ferro ele forma, como se sabe, o constituinte lamelar perlita. Quando se aumenta a velocidade de esfriamento da austenita, pode-se chegar a uma velocidade tão alta que não permite a expulsão do carbono da solução sólida supersaturada de carbono em ferro alfa, constituindo a martensíta ”(figura 1). A execução da têmpera é feita da seguinte maneira: a peça que se deseja temperar é aquecida e resfriada rapidamente em meio aquoso, óleo, salmoura ou até mesmo em ar. O nome “Têmpera” é originado de primórdios que aqueciam suas peças, espadas, por exemplo, e logo em seguida esfriavam-nas em salmouras e verificava-se que, após esse procedimento, a peça encontrava-se mais “dura”. E após anos de estudos foi comprovada que a têmpera resulta consideravelmente no aumento do limite a resistência à tração do aço, no aumento da dureza, na tenacidade na diminuição da ductilidade (o que não é muito bom) e o aparecimento de tensões internas, que são retiradas através do revenimento, que será visto adiante. Verificou-se também que, para uma têmpera bem sucedida, o estudo da velocidade do esfriamento era de suma importância. Foi então visto que o tipo de secção também influenciava nos resultados desse processo. Para peças pequenas, os problemas eram desprezíveis, mas conforme seu perfil era aumentado, notou-se o aparecimento de estruturas mistas, que resultou no estudo de elementos ligas para que a estrutura ficasse somente no estado martensítico.
figura 1- Aspecto Micrográfico de aço temperado: martensíta. Ataque: Reativo de