A questão habitacional foi e é considerada na atualidade um dos principais problemas sociais e urbanos do Brasil. E o que simplifica bem é o decorrer da historia habitacional e seus acontecimentos. No final do século XIX, houve uma série de acontecimentos que foram decisivos para ampliação e formação dos espaços urbanos do pais. Isto inclui o fim da escravidão com isto, eles foram expulsos do campo e migraram pra cidade. Em contrapartida, imigrantes europeus chegaram ao Brasil para trabalhar no campo, na nascente indústria brasileira. Fatores estes que provocou grande demanda por moradias, meio de transporte e serviços urbano devido o crescimento desordenado populacional. Fato este que ocorreu principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Há princípio a primeira medida do governo Brasileiro foi conceder a empresas privadas crédito para que construíssem habitações. Porém devido ser moradia individual, não estava obtendo lucro, devido a grande diferença entre os preços delas e das moradias informais, alguns empresários passaram a investir em loteamentos a fim de atender a classe alta, enquanto outros construíam prédios para habitações coletivas, que passou a ser a principal alternativa para que a população urbana de classe baixa pudesse permanecer na cidade. Principalmente no centro, que era onde se concentrava as indústrias e a maior parte das possibilidades de emprego. Mesmo com o financiamento das habitações coletivas, o poder público considerava aqueles locais como cortiços degradantes e imorais e uma ameaça ao poder público. De acordo com Piccini (2004:43), podemos identificar três processos diferentes de encortiçamento: Os cortiços que surgiram juntamente com a formação e estrutura dos bairros populares; os cortiços que surgiram em conseqüência de uma deterioração urbana de bairro e, os cortiços que surgiram em conseqüência de desvalorização pontual de alguns imóveis, mais antigos e abandonados pelos proprietários.