Técnica experimental troca de útero
A mãe, de 36 anos, recebeu o útero de uma amiga próxima de sua família no ano passado. Seu bebê, um menino, nasceu prematuro, mas saudável em setembro. Mãe e filho já estão em casa e passam bem. A identidade do casal não foi revelada.
"O bebê é fantástico", disse o médico Mats Brannstrom, professor de obstetrícia e ginecologia na Universidade de Gotemburgo, que liderou a pesquisa e fez o parto com a ajuda de sua mulher, uma obstetra. "Mas é ainda melhor ver a alegria nos pais e o quanto eles estão felizes com o bebê."
O feito abre uma alternativa nova, mas ainda experimental, para milhares de mulheres que a cada ano não podem ter filhos porque perderam o útero para o câncer ou porque nasceram sem o órgão. Antes de esse caso ter provado que o conceito funciona, alguns especialistas questionaram se um útero transplantado poderia manter um feto.
Outros questionaram se um procedimento tão extremo - caro e cheio de riscos - poderia ser uma opção realista para muitas mulheres.
Em foto de arquivo, especialistas Andreas Tzakis, Pernilla Dahm-Kahler, Mats Brannstrom, Michael Olausson e Liza Johannesson participam de coletiva de imprensa em Gotemburgo, sobre técnica de transplante de útero (Foto: AP Photo/Adam Ihse)
O médico Glenn Schattman, que foi presidente da Sociedade de Tecnologias para Reprodução Assistida e especialista em fertilidade da Universidade Cornell disse que transplantes de útero provavelmente permanecerão bastante incomuns.
"Isso não seria feito a menos que não houvesse outras opções", disse. "Requer uma cirurgia muito longa e não isenta de riscos e complicações."
Para os pais orgulhosos, os anos de pesquisa e experimentação fizeram a espera valer a pena. "Foi uma jornada muito difícil ao longo dos anos, mas agora temos o bebê mais incrível",