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ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS OU TRÂNSGÊNICOS
1. INTRODUÇÃO
Organismos transgênicos (ou Organismos Geneticamente Modificados - OGM) são organismos (plantas, animais ou microrganismos) que têm inserido em seu genoma, uma sequência de DNA manipulado em laboratório por técnicas moleculares ou biotecnológicas. O
DNA inserido pode ser da mesma ou de outra espécie. Tais técnicas, desenvolvidas nos últimos
20 anos, possibilitam o corte e a ligação de fragmentos de DNA de uma forma altamente precisa.
Particularmente, seqüências de DNA (genes) podem ser removidas de um organismo, ligadas a seqüências regulatórias e inseridas em outros organismos. A fonte destes genes pode ser qualquer organismo vivo (microorganismo, planta, animal) e o organismo recipiente, nesse caso específico, uma variedade de uma espécie de planta cultivada.
As plantas, animais e microrganismos transgênicos possibilitam tanto (i) estudar questões biológicas fundamentais a nível molecular como também (ii) materializar aplicações da biologia celular e molecular, como por exemplo o controle biológico através de endotoxinas modificadas ou a produção de vacinas comestíveis.
A expressão engenharia genética surgiu em 1973 quando moléculas DNA de diferentes espécies foram recombinadas in vitro. Basicamente, trata-se do uso de dois grupos de enzimas: as de restrição (do tipo II) que são capazes de reconhecer uma pequena seqüência de pares de bases e então cortar o DNA neste sítio de reconhecimento ou de corte e as ligases, que são enzimas capazes de ligar dois fragmentos de DNA. O primeiro plasmídeo in vitro (Cohen et al,
1973) foi construído a partir do corte de DNA com enzimas de restrição e a cola de fragmentos específicos com as ligases. Surge então o que convencionou denominar de tecnologia do DNA recombinante ou engenharia genética. É uma tentativa de se fazer in vitro o que ocorre na natureza: a recombinação de fragmentos de DNA. Contudo, na natureza dificilmente DNA