TURISMO NA FAVELA
Novas oportunidades para as comunidades.
Desde 1959 existe a maquiagem e não estamos escrevendo sobre a indústria de cosméticos, a maquiagem que abordaremos são os disfarces urbanos, o famoso “para inglês ver”. Maquiar é esconder, é disfarçar o que não tem boa aparência. Na prática, veem-se as favelas maquiadas e bem pintadas, de longe lembram até as pitorescas casas da ilha de Santorini, no alto da montanha com vista privilegiada para o mar e a cidade abaixo. Mas diferentes de seus primos ricos as casas incrustadas nos montes aqui no Rio de Janeiro não são moradias de privilegiados e sim dos mais necessitados. A evolução das praticas sociais, projetos de casas populares e de politicas publicas avançam de forma bastante lenta. Décadas se passaram entre os governos de Roberto Silveira (1959-1961) e o de Sergio Cabral (2011- época atual) e as práticas se repetem de forma bastante semelhantes. Hoje em dia os moradores da favela da Maré reclamam do muro que foi construído ao custo de 20 milhões de reais, as margens da linha vermelha afim de “esconder” a favela dos turistas e das autoridades que utilizam a linha vermelha vindo do aeroporto internacional. Moradores da Maré declararam que este dinheiro poderia ter sido empregado em melhorias para a comunidade, caso as reais necessidades dos mesmos fossem ouvidas. O morador “Irineu”, que falou representando a comunidade da Varginha, ao papa Francisco em julho de 2013, relatou que a sua comunidade recebeu inúmeras modificações e melhorias que não faziam parte do cotidiano dos moradores para poder receber o papa Francisco. Limpeza, asfaltamento, caçambas de lixo, foram alguns incrementos que a comunidade recebeu antes da visita do pontífice. Parece que nossos governantes adotam a politica de criar a beleza aparente, de mostrar o belo para os turistas, de maquiar ao invés de estruturar.
É sabido que projetos de estrutura, de qualificação e de educação dos