Tuberculose
Vacina contra tuberculose (BCG)
A vacina contra tuberculose, denominada BCG, é produzida a partir de cepas atenuadas do Mycobacterium bovis. surgiu no ano de 1920, em Paris, sendo chamada de BCG, que significa Bacilo de Calmette e Guérin, em homenagem aos dois cientistas que a desenvolveram. Foi utilizada pela primeira vez em 1921 sob a forma oral, hoje em dia abandonada. A produção no Brasil é na forma liofilizada, devendo ser mantida em geladeira, entre +2 e +8ºC, e ao abrigo da luz solar direta, pois é inativada pelos raios solares. A reconstituição de cada frasco com 50 doses deve ser feita com 5 ml de solução fisiológica, de maneira delicada e cuidadosa e sem agitação. Após a reconstituição, a vacina deve ser usada no mesmo dia (até 6 horas), podendo ser aplicada no mesmo ambiente onde se aplica as demais vacinas, pois a luz artificial não lhe causa danos.
As crianças podem e devem ser vacinadas a partir do nascimento, de preferência no berçário, por via intradérmico, no braço direito, na altura da inserção inferior do músculo deltóide, sem o emprego prévio de anti-sépticos e com seringa e agulha apropriadas e descartáveis. Quando o local da aplicação estiver sujo, deve-se lavar com água e sabão. A dose preconizada para todas as idades é de 0,1 ml de uma só vez, sendo a população prioritária os menores de um ano de idade. Havendo condições operacionais, indica-se a realização da reação de Mantoux (PPD) prévia, em crianças com mais de três meses. Sendo negativa, aplicamos o BCG intradérmico. O BCG bem aplicado leva à viragem do PPD em cerca de 75% a 80% dos casos e isto pode ser confirmado realizando-se a reação de Mantoux após seis meses da aplicação do BCG. Nos casos que se mostram negativos, o reforço deve ser realizado apenas se a primeira aplicação foi tecnicamente incorreta, ou se não houve reação no local da