Tua mãe
Ainda é outubro e o número de mortes já superou o verificado em 2010, quando foram notificados cinco mortes. A constatação acionou o alerta em relação à necessidade de prevenção. No Brasil, 80% dos registros da doença são provenientes do Pará.
Ainda não se sabe, porém, se as contaminações ocorreram em função do consumo de açaí. “É comum ter um aumento de casos neste período do ano, o que pode ter uma relação com o período de safra do açaí. Não sabemos se estes casos especificamente se referem a este tipo de contaminação. Mas, por terem sido feitos por via oral, é possível, sim, que o consumo do açaí tenha influenciado. Ainda, estamos investigando esta causas”, destacou Flores.
Pesquisa realizada por cientistas da Unicamp mostrara que o protozoário causador da doença é capaz de sobreviver na polpa da fruta em temperaturas que variam de 4°C à temperatura ambiente, chegando a -20°C, no caso do açaí congelado.
“É preciso esclarecer que a contaminação ocorre quando não existem cuidados com a higiene. Acreditamos que no caso do açaí, a contaminação em geral acontece quando um barbeiro ou as fezes dele se misturam com a fruta durante o processamento, e alguns casos até os reservatórios estão contaminados”, esclarece