TTrabalho, Economia e Justiça Social
Universidade do Porto
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
Trabalho, Economia e Justiça Social
Relatório do Semestre
Docente: Henrique Vaz
Discente: Luís Gouveia
3º Ano – Turma B
Ano letivo: 2013-2014
Introdução
O trabalho é uma construção social. Num mundo em que sempre existiram profundas desigualdades de distribuição de riqueza e de diferenciação social, produto de distintas relações de poder, sustentadas em egoísmos exacerbados, na introdução da propriedade privada e do regime de acumulação, o homem foi sistematicamente explorado pelo homem. Com o advento do capitalismo, a burguesia em perfeita simbiose com as diferentes formas de Estados Absolutistas, que sucessivamente se estruturaram, forjados no beneplácito daquelas elites cosmopolitas e sustentadas em domínios déspotas instituídos, quais estigmas sociais, remeteram as classes populares para a marginalidade opressiva, utilizando a sua força de trabalho de forma intolerante e inqualificável para produzir riqueza. A convivência com estas profundas desigualdades só foi esbatida historicamente, na medida em que revoluções e manifestações de contra poder se realizaram.
As congregações religiosas e mendicantes desempenharam ao longo dos tempos um papel importantíssimo, no auxílio aos mais favorecidos, de forma assistencialista e caritativa, em vários domínios (saúde, alimentação, vestuário), de combate à precarização social. Uma espécie de economia social, que amenizou a vida dos mais desfavorecidos, precursora do terceiro setor, hoje com outra configuração, que para além das ordens religiosas, conta com o voluntariado e organizações comunitárias, sem fins lucrativos, como expressão de solidariedade para com os mais carenciados. Daí a necessidade de reinterpretar a noção de justiça social, alocada num providencialismo, que efetivamente deve prevalecer, derivado do Estado Social ou de Bem-Estar, numa lógica de