Trovadorismo
Nesse período Portugal estava no processo de formação nacional e começava a afirmar-se como reino independente, mas ainda mantinha laços econômicos, sociais e culturais com o restante da Península Ibérica. Desses laços surgiu, uma língua particular, de traços próprios, chamada galego-português. O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa.
A cultura trovadoresca refletia bem o panorama histórico desse período: as Cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o poder espiritual do clero.
Toda a Europa dessa época sofria com as sucessivas invasões dos povos germânicos, nessa conjuntura desenvolveu-se o sistema econômico denominado de feudalismo. Toda a Idade Média foi fortemente influenciada pela Igreja, a qual detinha o poder político e econômico, mantendo-se acima até de toda a nobreza feudal. Nesse momento, figurava uma visão de mundo baseada tão somente no teocentrismo, cuja ideologia afirmava que Deus era o centro de todas as coisas. Assim, o homem mantinha-se totalmente crédulo e religioso, cujos posicionamentos estavam sempre à mercê da vontade divina, assim como todos os fenômenos naturais.
A partir do século XII iniciou-se um novo período fortemente caracterizado pela reativação do comércio, possibilitando o crescimento econômico e renovando a cultura. E, consequentemente à expansão do trovadorismo em Portugal.
Os poemas produzidos nessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos. Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de corda e sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana. Quem as compunha eram chamados de trovadores, contudo havia uma hierarquia dentre os mesmos, cuja diferença pautava-se pela função desempenhada pela interpretação, funcionando como uma espécie