trovadorismo
Dos trovadores enlencados nesses cancioneiros, o mais antigo é João Soares de Paiva, nascido em 1141, mas o primeiro de importância é Paio Soares de Taveirós, pela cantiga de amor de 1198.
Os principais trovadores foram:
D. Dinis, importante peia extensão e qualidade de sua obra (escreveu cerca de 140 cantigas líricas e satíricas), João Garcia de Guilhade (deixou 54 composições líricas e satíricas, e foi dos mais originais trovadores do século XIII), Martim Codax (trovador da época de Afonso III, legou 7 cantigas de amigo, as quais têm o mérito de constituir as únicas peças da lírica trovadoresca cuja pauta musical permaneceu até hoje), Afonso Sanches (filho de D. Dinis), João Zorro, Aires Nunes, Aires Corpancho, Nuno Fernandes Torneol, Bernardo Bonaval, paio Gomes Charinho, e outros.
Características do trovadorismo:
A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram origem ao nome deste estilo de época português.
Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.
As cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em dois tipos: líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e mal-dizer).
Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente, tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.
Cantigas de amor
Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social superior, inatingível.