Trovadorismo e humanismo IDADE MÉDIA – 1º MOMENTO
As composições líricas desse período são chamadas de cantigas e se dividem em dois tipos:
• Cantigas líricas (de amor e amigo);
• Cantigas satíricas (de escárnio e maldizer).
CANTIGAS DE AMOR
A submissão do vassalo ao seu senhor é transferida para o mundo das relações amorosas, por isso o mandamento número um do trovador é fidelidade e submissão absoluta à sua musa.
Essas cantigas apresentam eu lírico masculino; o trovador lamenta a coyta d’amor, ou seja, o sofrimento pela impossibilidade de realização amorosa, já que a dama pertence a uma classe social superior à dele.
O trovador reitera a promessa de servir, honrar e respeitar a dama, poupando-a até da revelação de sua identidade.
O poeta idealiza a amada como um ser quase divino, mas ela ignora seu amor ou tem conhecimento dele e o despreza. Esse amor impossível e inevitável faz com que o eu lírico sofra por tornar-se prisioneiro desse sentimento.
Quanto aos aspectos formais, podemos dizer que as cantigas de amor apresentam uma linguagem mais erudita e sofisticada do que as de amigo. Sua estrutura é menos repetitiva, podendo ou não apresentar refrão.
“ Eu gran coita, senhor que peior que a morte vivo, per boa fé, e pólo voss’amor esta coita sofr’eu por vos, senhor, que eu
Vi pólo meu gran mal, e melhor mi será de morrer por vós já e, pois meu Deus nou val, esta coita sofr”eu por vós, senhor, que eu
Pólo meu gran mal vi e mais mi val morrer ca tal coita sofrer, pois por meu mal assi esta coita sofr’eu por vós, senhor, que eu
Vi por gran mal de mi,
Pois tan coitad’and’eu.”
(D.DINIS)
CANTIGAS DE AMIGO
As cantigas de