Tronco encefálico
O tronco encefálico (TE) ou tronco cerebral como também é conhecido, possui 4,4% do peso total do encéfalo, situa-se sobre a parte basal do osso occipital (clivus), ocupando o espaço mais anterior da fossa intracraniana posterior, estendendo-se da medula espinhal ao diencéfalo. Estando disposto inferiormente ao cérebro e anteriormente ao cerebelo. O TE apresenta três subdivisões principais, sendo o bulbo (bulbo raquidiano, medula oblonga ou mielencéfalo), ponte e mesencéfalo. As três divisões transversais internas do TE são o teto no mesencéfalo, o tegmento e a base (MENESES, 1999). O TE contém muitos tratos ascendentes e descendentes de fibras, em que alguns passam por toda a sua extensão, tendo origem na medula espinhal ou no hemisfério cerebral respectivamente, os restantes têm origem e término em núcleos do TE. Alguns núcleos recebem ou enviam fibras para os nervos cranianos, sendo que dez pares (III a XII) prendem-se à superfície do TE, sendo os núcleos dos nevos cranianos. O TE também apresenta uma matriz de neurônios denominada formação reticular (MENESES, 1999).
1.1 Bulbo
Com a forma de um cone, o bulbo deriva do mielencéfalo embrionário. É a menor e mais caudal parte do TE, dividido em porção caudal (fechada) e porção rostral (aberta), em relação à presença ou ausência do quarto ventrículo. Essa estrutura forma uma zona transicional, conectando a medula espinhal com as regiões do encéfalo.
De acordo com Meneses (1999), a organização interna das porções caudais do bulbo é bastante semelhante à da medula espinhal. Os sulcos e as fissuras da superfície da medula espinhal cervical, bem como muitas das colunas nucleares e as vias de fibras presentes no seu interior, prolongam-se por distâncias variáveis até o bulbo, e à medida que vai se tornando mais rostral, o bulbo se diferencia cada vez mais da medula espinhal. Como não existe uma linha de demarcação nítida entre o bulbo e a medula, considera-se que o limite entre