TRbalho
A adoção é o ato de permitir que os laços afetivos superem as deficiências biológicas, sociais e emocionais de ambos os lados envolvidos no processo. Quem adota tem a oportunidade de dar amor e ao mesmo tempo receber do filho a relação que faltava para se sentir realizado na vida. Quem é adotado recebe cuidados, atenção e o afeto que por motivos variados mlhe faltou antes da efetivação do processo, bem como dá ao adotante a oportunidade de ter a relação familiar desejada.
Por estar relacionada com sentimentos interpessoais, questões psicossociais e a dignidade dos seres envolvidos, a adoção é um ato jurídico complexo, do qual advêm necessidades que surgem a partir dos procedimentos iniciais e não terminam com a sentença, ato judicial idôneo para permitir o início de uma relação familiar completa, lícita e legítima entre adotante e adotado.
Dessa forma, a par do caráter irrevogável da adoção, todo o procedimento deve ser cauteloso e sempre norteado pelo melhor interesse de quem vais ser adotado, pois não se pode permitir que futuras vaidades ou decepções dos adotantes coloquem em risco a segurança jurídica do processo de adoção e a essência social e afetiva das relações formadas.
Portanto, o propósito deste artigo é mostrar a importância da atuação do psicólogo no processo de adoção, tanto para adotantes quanto para adotados, com vistas a impedir que laços familiares sejam formados sem o devido respaldo afetivo, para que não haja riscos de construção de um vínculo adotivo viciado, violando o caráter irrevogável deste instituto jurídico, cujas marcas são o valor social, sentimental e psicológico. 2 - BREVE HISTÓRICO SOBRE A ADOÇÃO
No contexto mundial, a adoção tem raízes históricas longas, associadas aos hindus, egípcios, persas, hebreus, gregos e romanos. Desde então, já se admitia a possibilidade de alguém ser criado fora do seio da família biológica, através de um processo de inserção familiar não natural, qualquer que fosse