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No mínimo, desde a Antigüidade, têm havido indagações a respeito do ser humano, o que o constitui e como se processa nele a relação entre corpo e alma, corpo e mente ou corpo e espírito. Vindas de diferentes direções, desde o debate filosófico até o interior de diversas disciplinas do campo dito “científico”, surgem tentativas de explicar essa enigmática entidade que é o “ser humano”. Todas essas tentativas emergem tendo como pano de fundo suas determinações históricas e sociais e a correlação de forças que fazem com que determinados temas e formas de apreensão tornem-se hegemônicos e outros tenham sua importância minimizada. A Psicologia não escapa a essa tendência. Embora o debate a respeito dos temas dos quais se ocupa remonte há milhares de anos, a Psicologia, para poder constituir-se e ser reconhecida enquanto ciência, no final do século XIX, procurou se adequar a um determinado modo de fazer “ciência”. Por conta disso e também em decorrência dos inúmeros debates e confrontos de idéias sobre o seu objeto de estudo e as formas de abordá-lo, a Psicologia constituiu-se, de forma não evolutiva, como um saber disperso e não unitário. Considera-se que a Psicologia tem muito a contribuir no sentido de aprimorar as possibilidades de compreensão do ser vivo humano, devendo para isso afastar-se das explicações positivistas, reducionistas e fragmentadoras que dissociam o psíquico do biológico e do contexto histórico-social. Dada a complexidade do que está colocado, compreende-se que a análise da atividade humana, como matriz da atividade de trabalho, possibilita uma maior aproximação e uma melhor compreensão das dinâmicas que se processam nos seres humanos, permitindo dar maior visibilidade às suas potencialidades, assim como aos entraves à sua saúde, ao seu devir e à sua transformação. Os aportes da Ergonomia da Atividade, da Psicopatologia/Psicodinâmica do Trabalho, do Modelo Operário Italiano, dos estudos “psicossomáticos”, da