Trato gastrointestinal de equinos
Equinos e ruminantes possuem hábito alimentar semelhante, entretanto, diferem quanto ao local de degradação microbiológica da fibra (Meyer, 1995). Nos ruminantes os alimentos são degradados no início do trato grastro intestinal: no rúmen, enquanto que nos equinos essa degradação ocorre no ceco, estrutura localizada na porção final do sistema digestório, no intestino grosso.
O sistema digestório dos equinos evoluiu e se adaptou ao comportamento de pastejo e ao tipo de alimento selecionado por esses animais ao longo de milhões de anos. Em estado selvagem, os eqüinos tendem a gastar mais de 80% do seu tempo pastando, além disso, selecionam como alimentos forragens tenras e suculentas, que possuem alta teor de umidade, carboidratos estruturais, lipídeos e proteínas solúveis, porém, com baixo teor de amido (Frape, 2007).
Ao domesticar o cavalo o homem modificou esses hábitos naturais. O homem passou a manter os equinos presos em baias, com um pequeno número de refeições por dia, e sem capacidade de selecionar o alimento. Sua dieta agora é rica em amido, um dos grandes responsáveis pelos transtornos digestivos observados nestes animais.
O sistema digestório ou canal alimentar pode ser dividido, principalmente, em: boca, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
BOCA
Os lábios, dentes e língua dos cavalos são adaptados para preensão, ingestão e alteração da forma física do alimento em um estado que facilite sua mistura com os sucos digestivos e evite compactação ao longo do sistema digestório devido ao tamanho de partícula inadequado.
O lábio superior é forte, móvel e sensível,