Tratamentos Farmacológicos Psicotrópicos
O trabalho inicia-se relatando o fato de as psicotrópicas acompanharem a humanidade desde a pré-historia, variando relativamente a cada cultura e a cada época. Tanto nas civilizações antigas quanto nas indígenas as plantas psicotrópicas como o ópio , a coca e a maconha eram bastante utilizadas para curar doenças, afastar maus espíritos, obter sucesso nas caçadas e nas conquistas, e atenuar a fome e o rigor do clima de determinadas regiões. Essas plantas estavam ligadas a rituais religiosos, culturais e sociais, estratégicos militares, entre outros (LESSA, 1998. SEIBEL; TOSCANO, 2001). Pesquisas arqueológicas concluíram que determinadas pinturas deixadas pelos homens na Idade da Pedra teriam sido criadas sob efeito de transe que provavelmente incluíam o consumo de plantas psicotrópicas (LESSA, 1998)
Na cultura grega e romana, o uso de bebidas alcoólicas, que já era de domínio destas culturas, estava identificado com rituais religiosos, porém seu consumo era também para alterar o estado de consciência, sendo que tais conhecimentos, com o advento das conquistas se difundiram para outros povos, bem como a implementação de outros usos. No período medieval, durante a ascendência e poder da igreja, muitas pessoas por conhecerem os efeitos psicoativos de plantas foram mortas pela inquisição, para não colocar em risco o poder dominante da época. O uso de substâncias psicoativas, com exceção do álcool era restrito e combatido.
Na Idade Moderna, fatores como as grandes navegações e a Revolução Industrial - Capitalismo (dominação e exploração), propiciou a concentração urbana e a produção de bebidas passou a ser industrializada, aumentando o consumo de álcool e com a intensificação do contato com outros continentes e países facilitou o intercâmbio de outras drogas. Portanto, é o período no qual o consumo de substâncias psicoativas tomou proporções preocupantes, pois, no início deste período, muitos retornaram de colônias localizadas na