Tratamento e destinação final de resíduos urbanos
Ás vésperas do terceiro milênio, a civilização humana atravessa momentos de transformações rápidas e expressivas, com graves reflexos sobre o meio ambiente. O crescimento populacional desordenado, associado ao estilo de desenvolvimento baseado no consumo e nas desigualdades, determinam pressões crescentes sobre o ambiente e os recursos naturais. O perigo dos elevados níveis de consumo está mais relacionado aos danos de sua extração, processamento e, principalmente, destino final, do que na exaustão dos recursos naturais, como se argumentava nos anos setenta (BROWN, 1991).
A sociedade vem se deparando, nas últimas décadas, com um problema ambiental de grande magnitude: o crescimento quantitativo e a evolução quantitativa dos resíduos sólidos gerados nas cidades. Este materiais residuais quando não gerenciados adequadamente são fonte de impacto econômico, social e ambiental preocupante, como é o caso da maioria dos paises em desenvolvimento. No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2002), produz-se atualmente 126.000 toneladas de resíduos sólidos, das quais 63,6% são depositadas em lixões, 18,4% tratados em aterro controlados e 13,5% em aterros sanitários. Estes dados demonstram a importância e necessidade de um correto gerenciamento dos resíduos sólidos de origem urbana, a fim de minimizar os grandes problemas ocasionados do ponto de vista ambiental. É de suma importância considerar, igualmente, a prática de catação por poulações marginalizadas social e economicamente, buscando auferir renda em condições absolutamente degradantes, incluídas neste quadro, crianças.
Resíduos Urbanos
Poderíamos entender, utilizando somente o senso comum, que resíduos urbanos são aqueles gerados nos aglomerados urbanos, deste modo, teríamos:
NÃO SÓLIDOS
Gases – Carbono, enxofre, nitrogênio, ozônio
Particulados – Fuligem, fumaça, névoas