tratamento da agua
De acordo com a legislação brasileira, manancial é todo corpo de água interior subterrânea, fluente, emergente ou em depósito, efetiva ou potencialmente utilizável para o abastecimento público. Na prática, o fato é que suas águas têm sido usadas como meio de transporte para dejetos e rejeitos: somente o saneamento assegura um ambiente favorável ao ser humano. Entretanto, com o aumento das ocupações irregulares em torno dos mananciais, o que se vê é a degradação dessas fontes pelos resíduos urbanos. Efluentes com materiais orgânicos, industriais e agrotóxicos são diariamente despejados nas águas. O maior exemplo do contexto é o Rio Tietê, na capital paulista, que vem sendo castigado pela poluição há mais de 100 anos. A Represa do Guarapiranga (também em São Paulo) agoniza por conta do esgoto de loteamentos irregulares e favelas que foram resultado da explosão demográfica na região, que saltou de 330 mil habitantes nos anos 80 para 750 mil no ano 2000. O Rio Guandu (Rio de Janeiro) e a Bacia do Rio Piracicaba (interior de São Paulo) também estão ameaçados.
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Cultura do desperdício
A abundância de água doce em território nacional muitas vezes serviu de suporte à cultura do desperdício no Brasil e aos não investimentos necessários do seu uso e proteção, bem como à sua pequena valorização econômica. As ocupações irregulares agravam ainda mais o problema, visto que ocupam áreas de mananciais. Por sua vez, essas fontes não possuem legislação adequada à sua