Tratamento anaeróbico de resíduos
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1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento social influencia diretamente na geração de consideráveis volumes de resíduos sólidos, cujas características heterogêneas derivam das atividades humanas sob o ponto de vista econômico e cultural. A disposição dos resíduos sólidos é o fator determinante à problemática de ordem sanitária, econômica e principalmente estética. Hoje, um dos maiores problemas enfrentados pelas cidades é o destino final dos resíduos. (PILOTTO, 2004). Diariamente no Brasil são gerados 228 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos, composto por um percentual de matéria orgânica em torno de 65%, que por sua vez, 60% não são coletados pela rede pública. Os resíduos são despejados sem qualquer tratamento em córregos, pondo em risco a integridade dos lençóis freáticos e contaminando mananciais que abastecem a população. A forma de disposição de 76% dos resíduos sólidos coletados é a céu aberto expondo os habitantes a epidemias e diversas doenças (COUTINHO, 1999). Os lixões trazem consigo materiais de carga poluidora extremamente perigosa que, passíveis a degradação, subsidiam ao meio ambiente subprodutos nocivos como: gases (CO2, CH4 e H2S) além, do percolado. Esta situação por sua vez evidencia a necessidade de formas de tratamento. A solução para este problema seria o tratamento e a reutilização da fração putrescível desperdiçada, através de processo anaeróbio (BIDONE e POVINELLI, 1999). Os processos anaeróbios tratam um maior numero de substrato (devido à ação de bactérias específicas), utilizam pequena taxa de energia para conversão de massa celular e grande parte para formação de biogás (LEITE, 1997). Os objetivos do trabalho são estudar o processo de bioestabilização anaeróbia de resíduos sólidos orgânicos, enfatizando a determinação de parâmetros cinéticos da fase acetogênica; avaliar o efeito da concentração de sólidos totais, considerando-se a fase intermediária do processo de bioestabilização; e investigar o desempenho de