transplante de orgaos

TÍTULO: O diagnóstico de morte encefálica e a manutenção fisiológica do potencial doador: evidências para o cuidado de enfermagem.

Alunas: Maria Helena Pinto; Natália de Lima Vesco e Suêrda Maria de Andrade Xavier

INTRODUÇÃO
A morte constitui um dos maiores enigmas da existência humana, sendo conhecida somente mediante o processo de morrer dos outros, cujas vivências jamais serão acessíveis em sua real dimensão (PAUL; LABROCINI & ALBINI, 2004).
Até recentemente, considerava- se que o corpo e a mente deixavam de funcionar ao mesmo tempo, acreditava-se que a morte acontecia quando o coração parava de bater e quando era dado o último suspiro. Diante dessa realidade, a morte era definida como o cessar irreversível do funcionamento de todas as células, tecidos e órgãos. Com o desenvolvimento tecnológico do mundo moderno surgiu a possibilidade de sobrevivência, mesmo que esta seja privada de algumas funções vitais, o referido avanço contribuiu para o diagnóstico da morte encefálica e, com ela, alterou-se a perspectiva dos transplantes de órgãos (LIMA, 2005; GLEZER, 2004).
A morte encefálica é conceituada como o déficit estrutural e/ou funcional do encéfalo como órgão de função integradora e crítica do organismo humano, alterando a fisiologia de todos os sistemas orgânicos, envolvendo uma série de perturbações neuro-hormonais cíclicas. Todas as alterações influenciam na viabilidade dos órgãos, pois comprometem sua perfusão, aumentando a lesão isquêmica.
Após o diagnóstico de morte encefálica, o corpo deve receber uma manutenção prolongada por meio de ventilação mecânica e outras medidas fundamentais para que ele possa se tornar um potencial doador de órgãos. Cabe ao enfermeiro auxiliar na realização desse diagnóstico e ajudar na manutenção fisiológica desse corpo (ARAÚJO, CINTRA & BACHEGA, 2005).
O processo de transplante de órgãos é bastante complexo e envolve a atuação direta do enfermeiro desde a identificação de um potencial