Transmissão materno-infantil do hiv em mogi guaçu

TRANSMISSÃO MATERNO-INFANTIL DO HIV EM MOGI GUAÇU – SP

Clara Alice Franco de Almeida[1]
Rosa Maria Pinto[2]

Introdução

A epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) no Brasil cursa até junho de 2007 com mais de 474.000 casos confirmados da doença e uma estimativa de 600.000 infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Deste total de casos confirmados de AIDS 160.000 são mulheres (1). Anualmente 3 milhões de mulheres dão à luz no Brasil. Segundo estudo realizado em 2004, numa amostra representativa de parturiente de 15 a 49 anos de idade, de todas as regiões do país, a taxa de prevalência de mulheres portadoras do HIV no momento do parto é de 0,42%, o que corresponde cerca de 13.000 parturientes infectadas (1) . Diante desta situação epidemiológica e da existência do protocolo PACTG 076 (Pediatric AIDS Clinical Trials Group Protocol 076 Study Group) (2) altamente eficaz contra a transmissão materno-infantil do HIV, torna-se de grande importância o conhecimento do estado sorológico o mais precocemente possível do estado sorológico das gestantes, a fim de iniciar a terapêutica da doença e/ou profilaxia adequada da transmissão vertical do vírus. Desde 2000, a notificação de casos de gestante reagente ao HIV e crianças expostas ao vírus é obrigatória à todos profissionais de saúde no exercício de sua profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde, em conformidade com a Lei e recomendações do Ministério da Saúde (Lei 6259 de 30/10/1975 e Portaria n° 05 de 21/02/2006) (3, 4) . A transmissão materno-infantil do HIV pode acontecer durante a gestação, parto e pela amamentação da criança por mãe ou outra mulher reagente ao vírus (5) . Quanto mais precoce o diagnóstico da infecção pelo HIV em gestante maiores são as chances de evitar a transmissão ao bebê. O uso de medicamentos anti-retrovirais (AZT) em gestante e recém-nascido, e a substituição do aleitamento