Transformação dos significados para a imagem
A imagem no mundo contemporâneo é algo alienante, passageiro e descartável, contrapondo-se ao seu significado. Imagem é uma superfície que representa ou tenta representar algo e a história do planeta Terra é o porta-voz desta ideia, pois civilizações antigas usavam as imagens para a comunicação, elos e demonstração de poder.
As pinturas rupestres foram as primeiras figuras com significado. Os homens da pré-história desenhavam as gravuras rupestres nas paredes das cavernas para a comunicação um com o outro, do mesmo clã ou não. As pinturas eram feitas com materiais da natureza e os significados eram diversos, desde uma caça até o falecimento de alguém.
Na Idade Média com a soberania e o poder nas mãos, a Igreja Católica rege o significado das imagens. As ilustrações sacras são a marca desta época, o elo do homem com o divino, o bem e o mal, o sagrado e o profano. Nos castelos medievais a figura representava o poder estampados em brasões e vestimentas.
O antropocentrismo, o uso da razão para explicar a vida, legado deixado pelo renascentismo, altera mais uma vez o significado da imagem. O elo com o divino perde o espaço para a valorização do ser humano. A ilustração a serviço do homem, da ciência e a partir do renascentismo e, depois as revoluções industriais a máquina até então coadjuvante na história vira protagonista no lugar da sociedade e esta muda o seu jeito de viver, alterando parâmetros, inclusive da figura.
No mundo atual erramos ao não traduzir as ilustrações em textos e sim textos em ilustrações. O resultado é a alienação, a efemeridade, a magia da imagem, perdemos a representação, a explicação da figura e ganhamos a subjetividade. É fácil perceber o quanto a imagem tornou-se banal. Reality show, revistas de celebridades e fotos no facebook retratam imagens vazias, expõe apenas o ego ou nem isso. Ou há sentido uma foto na frente do espelho?
Então é melhor agora a sociedade desnaturalizar o olhar, refletir mais a imagem, para buscar a