trajetória do movimento ambientalista
A preocupação com a degradação ambiental é muito antiga. Antes de a problemática socioambiental configurar-se como uma crise global houve várias alertas a esse respeito ao longo da história. Platão e Plínio já alertavam para problemas do uso do solo na antiguidade; no século XVII Colbert promulgou o decreto de águas e florestas na França; no século XIX uma séria de publicações alertaram para o agravamento da degradação ambiental. Salienta-se, nesta época os trabalhos do alemão Humboldt, do francês Elisée Reclus, do estadunidense George Perkins, e do brasileiro José Bonifácio.
Os primórdios do ambientalismo:
As raízes do movimento voltado para questões ambientais podem ser identificadas no século XIX, na Europa e nos EUA. É derivado do crescimento do interesse pela história natural, do Romantismo e da industrialização e urbanização crescente. O primeiro grupo ambientalista privado do mundo foi criado em 1865 e promovia campanhas pela preservação de espaços de lazer. Porém, de acordo com Pádua, a preocupação ambiental mais profunda e consistente, de cunho político, nasceu nas áreas coloniais, como Caribe, Índia, África do Sul, Austrália e América Latina. O Brasil foi importante foco dessa correntes ambientalista, onde a preocupação com os efeitos da degradação ambiental desenvolveu-se entre os críticos do modelo de exploração colonial, num perspectiva de rompimentos com o sistema político vigente.
O ambientalismo na virada do século XIX
Nos EUA o movimento ambientalista nasce bipartido, entre preservacionistas e conservacionistas. No Brasil, em 1896 foi criado o primeiro parque brasileiro – Parque estadual da cidade de São Paulo – onde se localiza hoje o Parque da Luz. Neste período destaca-se a atuação do jurista carioca Alberto Torres que abordava, numa perspectiva política, a problemática envolvida na destruição da natureza. Na década de 1930 foi criada a Sociedade Amigos de Alberto Torres que pregava o uso racional