Trajetória da Assistência Social
A República Brasileira inicia-se com a ideia de progresso ordenado. Começa com a nascente industrialização. O processo de industrialização inicia-se vinculado a economia agroexportadora.
É necessário localizar a “POLÍTICA SOCIAL” como estratégia política do Estado para organizar e efetuar ações só a partir de 1930. Ou seja, anteriormente a essa época não existia ações sociais, existia sim AÇÕES SOCIAIS. Essas ações eram realizadas pela filantropia e empresariado. Principais atores:
1) Filantropia empresarial;
2) Filantropia religiosa (damas da caridade);
3) Ações localizadas do Estado; e
4) Ações dos políticos (clientelismo)
Até a década de 30 (República Velha) a pobreza não era reconhecida com expressão da questão social. Quando esta se insinuava como questão para o Estado, era de imediato enquadrado como “caso de polícia” e tratada no interior de seus aparelhos repressivos. Os problemas sociais eram mascarados e ocultados sob forma de fatos esporádicos e excepcionais. A pobreza era tratada como disfunção pessoal dos indivíduos.
A competência cotidiana para cuidar de tal “fenômeno” era colocada para a rede de organismos atrelados ás igrejas de diferentes credos.
O Estado se insinuava nesta rede enquanto agente de apoio, um tanto obscuro, ou de fiscalização.
Os modelos de atendimento assistencial decorrentes da percepção da pobreza como disfunção pessoal encaminhavam-se, em geral, para a internação dos indivíduos portadores dessa condição.
Este encaminhamento era bastante coerente com a percepção de então: os pobres eram considerados como grupos especiais, párias da sociedade, frágeis ou doentes. A assistência se mesclava com as necessidades de saúde, caracterizando o que se poderia chamar de binômio de ajuda médico-social. Isto irá se refletir na própria constituição dos organismos prestadores de serviços assistenciais, que manifestarão as