trablhando com gêneros na escola moderna

Concepções de linguagem e as de gêneros textuais e suas implicações para o processo de ensino-aprendizagem

Há muito, já não é novidade, que pesquisadores do mundo todo apresentam profundo interesse pelos ensino dos gêneros, como método de qualificação, bem como desestabilização de práticas pedagógicas vistas como “tradicionais”, do ensino escolar.
Sabendo também que para a LSF linguagem é “um sistema de escolhas, utilizadas em um determinado meio social para que seus usuários possam desempenhar funções sociais” (teoria sistêmico-funcional). Já para Kenneth Burke a linguagem é entendida não só com uma forma de agir, mas como uma forma de construir representações sobre o mundo. No entanto, há ainda outras várias definições de linguagem, como por exemplo a de Brasil (1998), que vê a linguagem como atividade discursiva, o texto como unidade de ensino e a noção de gramática relativa ao conhecimento que o falante tem de sua linguagem...
Com base nas definições acima acredita-se que quando as pessoas produzem um texto, seja escrito ou falado, as escolhas que elas fazem com respeito ao registro vai depender do contexto de situação, enquanto as escolhas em relação ao gênero vai depender do contexto de cultura. Em outras palavras, as escolhas linguísticas são socialmente determinadas pela interação do contexto de cultura e do contexto de situação.
Sendo assim, é neste momento que entram em cena os gêneros textuais. Mas o que seriam gêneros? Segundo Martin, 1985, gênero é o termo usado para abarcar “cada tipo de atividade linguisticamente realizada que faz parte de nossa cultura, ou seja é uma atividade proposital, orientada a um objetivo, desenvolvida em etapas, na qual os falantes se envolvem como membros de nossa cultura. Para Dolz & Schneuwly (1998:65), o gênero é “um instrumento semiótico constituído de signos organizados de maneira regular; este instrumento é complexo e compreende níveis diferentes; é por isso que o chamamos por vezes de ‘mega-instrumento’,