Resenha crítica embriologia
Resenha do documentário “Vida no ventre”
A National Geographic é majestosa em suas produções a fim de divulgar a compreensão do mundo científico, cultural e histórico, este documentário não seria diferente. A produção traz imagens reais e realísticas desenvolvidas a partir de observações científicas da vida intrauterina em todos os estágios de desenvolvimento, coloca o espectador diante a complexidade que é a concepção do ser humano.
A produção é dirigida a um público amplo interessado em entretenimento informativo, portanto, alguns detalhamentos são suprimidos em benefício da plasticidade do vídeo e fácil compreensão do espectador. Não cita processos anteriores a concepção, como detalhes da ovulação e os eventos hormonais envolvidos.
Assim, o conjunto de imagens e narrativa gera muitas vezes contradições de termos e pouca informação molecular e biológica.
O documentário mostra uma gravidez, desde a fecundação até o momento do parto citando os eventos de maior importância que ocorrem em todas as semanas de gestação. Este evidencia o desenvolvimento do bebê e as alterações no corpo da mãe de forma superficial, não citando acontecimentos detalhados como a reação da decídua (camada transitória da mucosa interna uterina) onde as células tornam-se ricas em glicogênio e lipídeos, mudando totalmente, em resposta a invasão do sinciotrofoblasto embrionário. Assim, o conjunto de imagens e narrativa gera muitas vezes contradições de termos e pouca informação molecular e biológica.
Como esperado de um documentário médico-cientifico, o genótipo é colocado como principal determinante de características físicas, até mesmo alguns caracteres subjetivos, do indivíduo. A carga genética tem importante influência nas expressões comportamentais do homem, porém, o determinismo genético não sustenta a explicação da integralidade do homem, a constituição do sujeito, sua subjetivação. O posicionamento que, na altura da fecundação muito do