Trabalhos
Todos nós “navegamos” continuamente em múltiplos sons, mesmo se absortos em preocupações, ruídos e interferências típicas, nesta “sociedade do prazer, da informação e do conhecimento”, apressada e tecnologicamente dependente. Isso é habitualmente evidente num jovem adolescente, na sua ânsia de crescer, autonomizar-se e sentir-se livre (9). Sendo a adolescência um período caracterizado por grande inquietação, dúvidas existenciais essenciais, emoções cambiantes e momentos ora de desequilíbrio, ora de equilíbrio - num caminho fecundo de descobertas, sentimentos pulsantes e intensos, animado ao som da música -, e dada a relação tão íntima verificada entre as emoções e a música, é lógico que exista uma estreita ligação entre a adolescência e a música. Quem melhor do que os adolescentes - procurando entender o que a vida lhes transmite e na ânsia de sentir que estão mesmo a viver - realçará o que a música suscita? Como os poderemos compreender (e a todos nós…) se não conhecermos minimamente a música que ouvem e apreciam?**
Algumas práticas comuns na adolescência associam-se às chamadas culturas juvenis, relacionam-se em especial com a integração social de cada jovem, através da partilha e acúmulo de experiências e referências identitárias, bem como de disposições simbólicas, normativas, morais, ideológicas e culturais específicas. Entre estas destaca-se a música, essencial na formação da identidade pessoal e social, no estimular da sociabilidade e na socialização na adolescência (10). A música escutada em grupo, p.e.