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A reorganização está sendo comandada por Mauro Sérgio Ribas, da terceira geração da família fundadora da perfumaria, que ficou oito anos afastado de sua gestão e retornou em 2011. O executivo quer "copiar" a estratégia das lâminas de barbear Gilette, que têm ampla distribuição no varejo. "Onde quer que você esteja, tem que encontrar o Leite de Rosas em qualquer ponto de vendas a 100 metros para a direita ou 100 metros para a esquerda", diz.
Em 2003, Ribas deixou a presidência da empresa familiar de 85 anos em meio a uma de suas maiores crises. No início dos anos 2000, enquanto aguardava um financiamento do BNDES para ajudar na construção de uma fábrica em Aracaju, viu o endividamento da empresa crescer. As desavenças na família aumentaram e Ribas terminou substituído em 2003, por decisão de sua mãe, por um dos irmãos e depois, por uma gestão profissional. A verba do BNDES chegou, mas em quantidade inferior ao solicitado. "O caixa da empresa ficou muito pressionado".
Em 2011, com a empresa em situação ainda mais crítica, Ribas voltou. A essa altura, a Leite de Rosas faturava R$ 75 milhões, continuava perdendo mercado, tinha uma dívida de mais de R$ 30 milhões e prejuízo acumulado de R$ 25 milhões. "Nosso maior desafio foi repelir os boatos de que a empresa pediria recuperação judicial. Quando reassumimos, em 2011, os resultados já não suportavam o endividamento, mas o maior problema é que o faturamento não aumentava", conta.
Ribas trouxe de volta antigos diretores. A dívida foi reescalonada com bancos e fornecedores e hoje é de R$ 8 milhões. Em 2013, o