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OS JOGOS NA INFÂNCIA

Os jogos infantis foram em vários momentos interpretados pelos adultos em contraposição à ideia de estudo e trabalho. Existem apontamentos de situações que a prática de jogos era motivo para rotular crianças como vadias e até mesmo de pouco inteligentes. Hoje a perspectiva com relação aos jogos infantis é outra. Pode-se afirmar que os jogos estão adquirindo gradualmente uma nova dimensão, deixando de ser considerados atividade secundária e passam a ser pedagogicamente integrados como parte dos conteúdos. Diante desse tema, considera-se o jogo a ¨razão de ser da infância, de importância vital e condicionador do desenvolvimento harmonioso do corpo, da inteligência e da afetividade. Embora seja recente a valorização dos jogos no contexto educacional, surgiram anteriormente diversas investigações quanto ao seu significado durante o transcorrer da infância. Com base nos estudos, apresentaram um conjunto de teorias sobre os jogos, incluindo a teoria da transfiguração. Dessas teorias seguem aquelas que podem ser consideradas principais.
TEORIA DO DESCANSO OU DO RECREIO. Essa teoria explica o jogo como forma de recreio, onde o descanso do organismo e do espírito fadigados é a justificativa básica. Refletindo-se sobre a realidade, constata-se que inúmeras vezes crianças que chegam da escola, ou após uma atividade que exige maior concentração intelectual, de fato encontram-se altamente propensas a praticar determinados jogos.
TEORIA DO EXCESSO DE ENERGIA. Empregada constantemente, esta teoria fundamenta-se no princípio de que a criança possui excesso de vitalidade, e portanto suas energias não consumidas em outros afazeres seriam canalizadas para a prática do jogo. Há momentos em que elas parecem não conseguir permanecer numa posição por muito tempo. Em contrapartida, essa teoria foi questionada por Claparèdes, ao constatar que crianças muito cansadas, e até mesmo em estado de reabilitação, procuravam praticar diversos