Trabalhos
Em contrapartida, na Rússia, a impressão gráfica não foi tão bem aceita. A impressão custou a penetrar neste país e no mundo ortodoxo, uma região onde o alfabeto cirílico era utilizado e na qual a educação formal estava praticamente confinada no clero. Mas, essa situação mudou graças a czar Pedro, o Grande que fundou uma gráfica em São Petersburgo e em Moscou. Essa localização sugere que o czar estava interessado em aprendizado e educação e tornar os russos familiarizados com a ciência e a tecnologia. Por ter chegado tão tarde á Rússia, a revolução da impressão gráfica não era um fator independente e não se ligava somente a tecnologia, mas, sim a condições sociais e culturais favoráveis para ser disseminada e a ausência de população laica letrada na Rússia foi um sério obstáculo para o surgimento da cultura impressa.
O mundo mulçumano resistiu fortemente a impressão gráfica no início da era moderna pois para eles, imprimir livros religiosos era uma heresia. Em 1515, o sultão Selim fez um decreto punindo com a morte a prática da impressão. No fim do século, o sultão Murad III permitiu a venda de livros impressos não-religiosos.
Para o filósofo inglês Francis Bacon, o trio imprensa-pólvora-bússola “mudou todo o estado e a face das coisas em todo o