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O Mito como não é como pensamos, uma lenda, fantasia, mas sim uma verdade. Quando pensamos em verdade, é comum nos referimos á lógica e pela apresentação de provas, porém a verdade do mito resulta de uma intuição compreensiva da realidade. O mito expressa o que desejamos ou tememos, como somos atraídos pelas coisas ou como delas nos afastamos. Para melhor entendimento do conceito de mito, precisamos de outro componente, o mistério, pois ele é sempre um enigma a ser decifrado e como tal representa nosso espanto diante do mundo. Os mitos gregos surgiram quando ainda não havia escrita e eram transmitidos por poetas ambulantes chamados aedos e rapsodos, que os recitavam de cor em praça pública. Segundo alguns intérpretes, as epopeias representam fatos e mitos recolhidos por diversos autores. Na vida dos gregos, as epopeias desempenharam um papel pedagógico significativo. Descrevia a história grega, o período da civilização micênica e transmitiam os valores culturais mediante o relato das realizações dos deuses e dos antepassados. Nas civilizações antigas o mito era componente importante da cultura. O poder era exercido pela classe sacerdotal ou por seu representante máximo, como o faraó, soberano considerado um deus. O culto exigia monumentos grandiosos, como os templos e as pirâmides, onde eram sepultados os reis. Nas tribos indígenas e nas civilizações antigas, os rituais eram sagrados. Segundo Mircea Eliade, historiador romeno estudioso das religiões, uma das características do mito era fixar modelos exemplares de todos os ritos e de todas as atividades humanas significativas. Os gestos dos deuses são imitados nos rituais. “Essa é a justificativa dada pelos teólogos e ritualistas hindus: “Devemos fazer o que os deuses fizeram no princípio”; ” Assim fizeram os deuses, assim fazem os homens”. Os deuses gregos habitavam o monte Olimpo e eram imortais, embora tivessem comportamentos semelhantes aos dos homens, sendo ás vezes benevolente e também agindo por