Trabalhos
O gosto pelos números marcou a sua vida. Aos 21 anos, começou a dar aulas de Matemática Pura e Aplicada, ao mesmo tempo em que entrou para o mercado financeiro, fundando uma distribuidora de valores, tendo como parceiro o banqueiro Júlio Bozano.
A carreira política de Mário Henrique Simonsen começou em 1964, ano marcado na história do país pelo golpe que derrubou o presidente João Goulart. Nesta época, passou a colaborar com o então ministro do Planejamento, Roberto Campos. Com pouco tempo na atividade, Simonsen ganhou a antipatia das centrais sindicais, ao apresentar um novo cálculo salarial, pelo qual os vencimentos dos trabalhadores deveriam ser baseados na média dos dois anos anteriores, o que reduziu o poder aquisitivo dos empregados.
Em 1974, Simonsen atingiu o ápice de sua carreira política, ao assumir o Ministério da Fazenda. Sua gestão foi marcada pela racionalidade econômica e contenção de gastos. Quando o general João Figueiredo assumiu a Presidência da República, Simonsen trocou o Ministério da Fazenda pela Secretaria do Planejamento. Ao deixar a vida pública, em 1979, Mário Henrique Simonsen voltou a fazer o que mais gostava: dar aulas. Contratado pela Fundação Getúlio Vargas, Simonsen nunca deixou de dar palpites em relação à política econômica do país.
Até poucos meses antes de sua morte, todos os ministros da Fazenda o consultavam com freqüência, antes de tomar qualquer decisão. O seu primeiro contato com a FGV, no entanto, não aconteceu somente quando Simonsen deixou a vida pública. Na década de 60, ajudou na criação da Escola de Pós-Graduação da entidade, numa época em que os cursos de especialização no Brasil eram uma raridade.