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De origem portuguesa, a romaria chegou ao Brasil, através dos colonizadores, nos primeiros anos do século XVI, quando foram responsáveis pela implantação da religião católica no Brasil. De fato a romaria remota os tempos medievais, e foi essa expressão da fé que os jesuítas s encarregaram de fixá-la nas terras brasileiras. “De origem medieval, as romarias chegaram ao Brasil através da cultura lusitana” (AZZI, 1978, p.73). No início não foi tão difícil implantação, devido a simplicidade do catolicismo popular, como a mais perfeita manifestação religiosa do povo, “as romarias constituem um dos pontos-chaves para a compreensão do catolicismo popular luso-brasileiro”. (AZZI, 1978 p. 54). Iniciou a sua expansão pelo litoral, até mesmo porque não se havia ainda explorado e povoado o interior. Era também uma maneira de substituir a religião dos povos aqui existentes, uma forma de adaptação a essa nova cultura.
Desde o início os jesuítas consideraram as pegadas impressas na rocha, à beira mar, como verdadeiro milagre operado por São Tomé, pois somente a fé católica poderia realizar semelhantes prodígios. Começaram portanto desde logo a promover romarias àquele lugar. Em seguida, construída a ermida, grupos de índios e caboclos passaram a acorrer a esse local sagrado para fazer suas devoções.
(AZZI, 1979, p. 40-41).
Houve uma fácil adaptação pelos indígenas, a essa expressão católica, divido a semelhança que havia em suas práticas. Essas romarias proporcionavam à esses grupos, a oportunidades de expor antigos costumes, tanto dos índios como também os negros. Daí as inúmeras formas de ritos, que muitas vezes fogem do verdadeiro sentido do catolicismo popular, uma “interpretação original dada por índios e africanos à religião dominante”, (HOORNAERT, 1974, p. 37). Na medida em que os colonizadores iam penetrando o sertão, levavam consigo padres, estes, eram responsáveis pela catequização dos “gentios”. Por onde passaram foram erguendo